"SEGURANÇA PÚBLICA E POLÍCIA" ®
Autor:- Nilson Giraldi
(Obs.:- Esta matéria está registrada e publicada; direitos autorais reservados. Poderá ser utilizada por terceiros desde que façam referência ao seu autor (Nilson Giraldi).
Sem saber que é Segurança Pública é impossível entendê-la, estudá-la, discuti-la, organizá-la, aperfeiçoá-la e fortalecê-la.
Afinal, que é Segurança Pública?
Segurança Pública é tudo aquilo que tem como objetivo ou finalidade dar segurança ao cidadão. Que está direcionado para a segurança do cidadão. Ex.:- Manutenção dos criminosos perigosos encarcerados; iluminação pública; sinalização de ruas, avenidas e estradas; transformação de bairros problemáticos em bairros educadores, perícia forense, ministério público, punidade, etc. Nada disso, e de muito mais, não é problema de polícia, mas é Segurança Pública.
E Segurança Pública não é só questão policial penal como os leigos julgam ser; é, na sua quase totalidade, questão social educacional; também policial penal, mas em escala muito reduzida.
E Segurança Pública é problema da União, dos Estados, dos Municípios, da Sociedade, das Pessoas.
E Segurança Pública não é política de governo; é política de Estado.
Caso Segurança Pública fosse apenas problema de polícia, como afirmam os leigos, então poderíamos fechar os Tribunais; não condenar os criminosos; acabar com os presídios; jogar os códigos penais e processuais fora; não investir no social e na educação; não iluminar as ruas; não manter os criminosos perigosos encarcerados; acabar com o Ministério Público; etc., pois nada disso teria como objetivo e finalidade dar segurança do cidadão, portanto, não seria segurança pública. No entanto, como tantas outras coisas, também fazem parte da Segurança Pública; como a polícia, integram a Segurança Pública.
Portanto, Segurança Pública não é a polícia. Mas a polícia, como muitos outros setores, está na Segurança Pública integrada e inserida.
Pelo fato de tratarem de forma errada a Segurança Pública no País, achando que só a polícia é responsável por ela, temos a seguinte consequência:- O Brasil é o país mais violento do mundo. Tem em torno de 28 assassinatos para cada grupo de 100 mil pessoas por ano, enquanto a média do mundo não chega a 5.
E não só a sociedade, como também a polícia, são vítimas dessa violência. Mais de 50 mil pessoas são assassinadas, por ano, no País. A cada 14h. 1 policial brasileiro é assassinado em serviço pelos agressores, fora os que vão terminar seus dias numa cadeira de rodas ou amparados por um par de muletas, vítimas desses mesmos agressores; isso não ocorre em nenhum outro lugar do Planeta.
Policiais de países de primeiro mundo que tomam contato com essa violência afirmam que não teriam condições de atuar aqui e que não sabem como o policial brasileiro o consegue.
E a tendência dessa violência, como um todo, é piorar, caso se insista em tratar a Segurança Pública da mesma forma como tem sido feito até agora, isto é, sempre do mesmo jeito esperando obter resultados diferentes. Fazer sempre a mesma coisa esperando obter resultados diferentes é insanidade (Eistein).
É muito cômodo dar à Polícia, em especial à Polícia Militar a condição de única responsável pela Segurança Pública como se ninguém mais por ela tivesse responsabilidade. Isso é injusto! Ilógico! Não está correto!
Na realidade Segurança Pública é uma corrente com mais de 60 elos, todos transversalizados e dependentes uns dos outros; cada um com suas missões; responsabilidades compartilhadas. E é bom lembrar que nenhuma corrente é mais forte que seu elo mais fraco.
A polícia é apenas um elo dessa corrente.
Cada elo que não funciona sobrecarrega o da polícia, em especial o da Polícia Militar. A polícia, sozinha, não vai a lugar algum.
E porque a polícia, principalmente a militar, é tão cobrada como se fosse a única responsável pela Segurança Pública?
Porque é o único elo que trabalha no meio do povo, visto pelo povo, 24h por dia, todos os dias do ano, ao qual 100% desse povo tem acesso, inclusive em domicílio.
E essa sobrecarga que se dá à Polícia Militar faz com que seus integrantes (e ela própria) vivam estressados; e ainda deles se exigindo a perfeição, e que nunca falhem, como se a falha não fosse própria do ser humano (Na vida só não falhou quem nunca viveu; VIDA = RISCO).
E essa sobrecarga faz com que, conforme foi retro citado, a cada 14 horas um policial brasileiro seja assassinado em serviço, pelos agressores, quando em defesa da sociedade, fora os que, também vítimas desses agressores, vão terminar seus dias numa cadeira de rodas ou amparados por um par de muletas. Só a Polícia Militar do Estado de São Paulo tem mais de 3.000 policiais nessa situação. Isso não ocorre em nenhuma outra parte do mundo.
E o que falta à Polícia Brasileira, em especial à Polícia Militar, para melhor servir e proteger a sociedade e seus próprios integrantes? (Obs.:- O termo polícia militar aqui usado é genérico).
Integração e maior proximidade entre a polícia militar e a sociedade (imprescindível!).
Colaboração da sociedade (por falta de aproximação entre polícia e sociedade raramente ocorre; muitas vezes por culpa da própria polícia e policiais.
As armas infalíveis para o policial militar conquistar a o respeito, a simpatia, e a colaboração da sociedade são a educação, o sorriso, a humildade e o profissionalismo; para o agressor a Lei!).
E outras faltas.
Obs.:- Esta matéria está registrada e publicada; direitos autorais reservados. Poderá ser utilizada por terceiros desde que façam referência ao seu autor (Nilson Giraldi).
Nilson Giraldi
Cel PMESP - Professor - Educador
Especialista em:-"Segurança Pública e Polícia"
"Uso Progressivo da Força"
"Gerenciamento de Crises"
"Negociação"
"Polícia Comunitária Internacional"
"Direitos Humanos"
"Investimento e Valorização do Capital Humano do Policial"
"Relacionamento Familiar e Humano"
"Qualidade de Vida"
"Drogas, Dependência e Codependência Química"
Professor, Assessor e Consultor Internacional dessas áreas
Autor do "Método Giraldi"